Os donos de lojas da Avenida Sete, Centro de Salvador, estão fechando as portas mais cedo por conta da manifestação dos policiais militares realizada na noite de terça-feira (1º), na qual eles decretaram greve por tempo indeterminado.
Mesmo com a negativa de paralisação por parte do comando geral da PM, cerca de 300 policiais permanecem acampados na porta da Assembleia Legislativa, onde reivindicam - entre muitas questões, o plano de carreira da categoria.
Temendo uma greve geral, desde às 16h de ontem, lojistas estão deixando o trabalho e mudando a rotina da capital baiana. No fim da tarde de hoje, já era possível perceber que os pontos de ônibus estavam lotados. "Não é um movimento geral do sindicato, mas uma iniciativa de cada dono de loja que busca segurança para o funcionário e para o cliente", ressaltou Paulo Schettini Motta, presidente do Sindlojas/BA.
Segundo Paulo, a ação dos lojistas irá se concretizar e tomar outras áreas da capital baiana à medida que a intenção de greve dos PMs se concretize. "Queremos ter segurança e só o poder público pode nos oferecer. O comércio quer ficar aberto. Queremos trabalhar, mas, acima de tudo, queremos tranquilidade e condições que nos permitam ficarmos livres de pequenos furtos ou mesmo assaltos a caixas eletrônicos - que assustam toda população", afirmou.
Nas ruas, havia pessoas assustadas com boatos de crimes cometidos por conta da falta de policiais e outras que sequer tinham conhecimento de que há movimento grevista de parte da categoria.
Segundo estimativa da Aspra, pelo menos 3 mil PMs, lotados em diversas unidades, teriam aderido ao estado de greve, decidido em assembleia na última terça-feira. Ou seja, já atinge 10% do efetivo, pois o efetivo da Polícia Militar Baiana corresponde a 30 mil. E as informações que chegam diz que a adesão está crescente.
BOCÃONEWS
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